Thursday, March 14, 2013

Do educar ou do diz que se educa...

Hoje ao almoço falavamos de bullying e de inteligência. Falavamos da possível ligação entre ambas. Eu remeti-me a tal silêncio que a meio da conversa me perguntaram "Foste vítima? Estás tão calada". Não, felizmente não fui, mas não sei como se educam crianças, por isso não sei o que te dizer.


Dizem que ter filhos é f****. Eu re-escrevo. Ter filho não sei se é f****, mas educar tenho a certeza que é.

Eu nesta coisa da educação, digo, de boca cheia no auge da minha parva falta de conhecimento, que só me preocupam meia dúzia de coisas:

1. A criança vai ter que saber comer à mesa.  Até pode cagar-se toda, transformar o chão num contentor digno de greve de lixeiros, mas come à mesa, não há discussão.

2. Todos sabemos que os putos são uns monstros. São cabrões, mesmo. Batem-se, esfolam-se, chamam nomes que nem percebem ... Na minha altura era chamado ser rufia, agora é bullying. Esta realidade existe e eu continuo a achar que 'começa' em casa. Quero preparar os meus filhos para isso. Não há desculpas, acontece uma vez e tens que ter amor próprio e dizer "Não ouses voltar a levantar-me a mão. Em mim ninguém bate, não és tu que vais bater."
(Nota-se mesmo que não tenho filhos, eu sei. Tenho uma visão tão pouco realista.)

3. Não quero criar filhos para que tentem ser perfeitos. A perfeição é uma merda e torna-nos pessoas inseguras. Vão errar, muitas vezes, e vão ter que ser humildes o suficiente para saber que há sempre alguém melhor do que nós, por muito bons que sejamos. "Dá o teu melhor." é o que quero dizer sempre antes do teste. Quando a negativa chegar quero manter a calma e perguntar "Deste o teu melhor?". Se tiver filhos minimamente inteligentes vão perceber que fizeram cagada e ficar com um peso na consciência. Isso só por si, na minha opinião, já é um castigo do caraças.

4. Educação nunca fez mal a ninguém. Assim como uma palmada na hora certa. E a sanidade me proteja contra as pseudo-modas de que 'bater é errado', 'levantar a voz é errado'. Eu levei algumas e sou linda na mesma :D.

5. Não me deixes, Universo, educar um filho que se torne burro. E calma, que não falo de boas notas e afins. Falo de saber ser. Se me mente (porque não venham com histórias, todas as crianças passam pela fase das mentiras) pelo menos que seja minimamente inteligente e minta bem. Se copia num teste, por muito imoral que isso seja, que o faça bem, e não seja apanhado. De mim, parte dizer-lhe que não o faça, que está errado, mas se o fizer, porque é desobediente (ou tem a mania que sabe tudo), que o faça bem. 
  
Acho que só por si estas 5 coisinhas, insignificantes na vasta área que é educarmos uma pessoa, mostram que não percebo grande coisa do que digo.

É por estas e por outras que eu me remeto ao silêncio (ou tento) sempre que se fala de educação.
Eu não opino na educação dos filhos dos outros, porque tenho consciência que só permitirei a algumas pessoas (3 + o pai da criança) opinarem sobre a educação dos meus filhos.

É simples. Os filhos e a sua educação, são como os amores (e as dores). Cada um sabe dos seus ...

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